Eu já tive fases ferrenhas de bloqueio criativo e tenho passado por uma dessas ultimamente. Céus, como isso é “ruim”, dependendo do ponto de vista mercadológico e informativo! Graças a Deus temos mais de um editor aqui nesse site pra que vocês não fiquem órfãos. O curioso é que a segunda vez na minha vida que “quebro” esse bloqueio falando de Switchfoot. 

Previsibilidade? A gente vê por aqui. (Juro que tentei falar sobre o novo disco do Josh Garrels, mas travei. Ele é ótimo. Escutem).

Em meio a tantas circunstâncias ocorrendo, como a própria Pandemia de COVID-19 e os embates sócio-raciais que impactam os Estados Unidos e o mundo com o assassinato de George Floyd, a banda californiana tem agradado os nossos ouvidos semanalmente com o projeto/EP Covers, que soa concomitantemente despretensioso e contemporâneo.

Com uma setlist que vai passear entre The Verve (de novo?) e Harry Styles (ansioso), o EP contará com cinco versões de músicas propriamente ditas “seculares”, ou como gostamos de dizer por aqui, músicas de cunho positivo. Somos até, gentilmente, refutados como sofísticos.

Vamos deixar essa resenha pra outro dia, combinado? Vamos às versões:

As três primeiras dessa mixada lista já foram lançadas semanalmente e, se eu não estiver errado, teremos as duas restantes nas subsequentes sextas que estão por vir. 

É uma graça ver a banda de quarentões passeando por um terreno bem confortável, tanto em melodias, quanto em encaixe de voz para o Jon Foreman, vocalista principal. Não espere novos arranjos, novas versões, não há quase nada de novo, levando o termo cover à ferro e fogo, e isso de todo modo não é tão ruim.

A primeira da leva e minha favorita, “Swim Good”, casa até com a proposta de composições do Switchfoot, sendo facilmente confundida por uma autoral por aqueles que não manjam de Frank Ocean. O refrão é tão The Beautiful Letdown que chega a marejar os olhos.

“Harmony Hall” é levemente mais animada do que sua versão original e encaixaria bem em álbuns como Fading West ou Where The Light Shines Throughmundialmente conhecidos como os álbuns que EU menos gosto. Como se minha opinião valesse de algo.

Já com “Lucky Man”, estive conversando com um amigo (um beijo, Werneck) sobre ela. A banda tem sorte de eu gostar MUITO dessa obra prima do The Verve, porque definitivamente não há nada de novo sob o sol. Ela já foi gravada em estúdio e inclusive foi faixa da edição japonesa de Hello Hurricane; também já foi cantada em rádios, tem vídeo no youtube, ENFIM, não precisava. Mas de qualquer forma, a canção é ótima e fica uma opção pra quem gosta de músicas performadas por outros artistas. Ainda espero o dia do Foreman cantar Brooke Fraser.

Covers by Switchfoot tem mais duas versões para serem lançadas (voltaremos a falar delas depois) e fica apenas uma pergunta: qual cover eles deveriam ter feito?

A minha resposta é bem simples: “Pride”, do U2.