A nossa curadoria semanal tem feito um papel muito bacana de trazer em nosso perfil do instagram os últimos lançamentos, entre singles e álbuns, dos trabalhos que acompanhamos. Muito provavelmente, Chris Renzema já figurou por lá e talvez de uma forma bem simplória. Meu papel aqui hoje é, como sugere o título, trazer uma apresentação decente e ASSERTIVA sobre Chis Renzema.

Assertiva no quesito necessária, já que para um rapaz tão novo (julgo pela aparência, já que me faltam informações acerca de idade), a qualidade e sutileza dos trabalhos até aqui realizados muito me chama a atenção. E raramente isso acontece pois minha preferência, como conhecimento de todos, é muito mais voltada para bandas e conjuntos.

Compositor e cantor natural de Nashville, e com uma breve descrição no Spotify: “Jesus Songs”, consigo interpretar que o trabalho de Chris é sem rodeios, sem margens interpretativas e sem possibilidade alguma de não se sentir tocado pelo vocal ou pelas progressões existentes na maioria das suas canções, que utilizam de melodias muito bem construídas e convincentes letras devocionais.

Preciso confessar: sou extremamente crítico pra composições confessionais. E estar aqui, resenhando sobre esse simpático moço que compartilha o mesmo gene recessivo MC1R que torna as nossas barbas ruivas, significa que o trabalho é no mínimo singular. Tenha fé, caro correligionário.

Bebendo de fontes folk, worship (aquele sem músicas intermináveis de dez minutos) e country alternativo (ele é de Nashville, uai), Chris Renzema está indo para o lançamento do seu segundo disco que discorreremos de forma breve nas próximas linhas. Os projetos anteriores (singles, EP’s e um álbum lançado em 2018) são magistralmente belos. Segue abaixo a canção que pode ser considerada minha favorita, faixa de número seis do álbum I’ll Be The Branches:

 

 

Let the Ground Rest lançado em 24 de Abril

Let The Ground Rest acabou de sair do forno no último dia 24 de Abril e pode ser considerado um disco bem rápido (no sentido de duração e estilo), com apenas 9 músicas. Ao ouvi-lo, é reforçada a necessidade de exaltar o quão inteligente musicalmente Chris Renzema é.

Houve um amadurecimento notório nos arranjos e interessantes experimentações, como é o caso da canção “Maybe This is The End”, com uma guitarra “sideral” que lembra bem os primeiros trabalhos do Leeland. Saudades do old Leeland, aliás.

E não é a toa que o primeiro single lançado como divulgação do projeto, “Springtime”, já anunciava o que estava por vir. É um disco de estação, de primavera, de sorrisos, de boa nova, mesmo que a boa nova seja tão difícil de crer e nem um pouco palpável. O fato de ser primavera no hemisfério norte pode ser considerado uma certa ironia ou uma excelente sacada mercadológica.

Diferente de I’ll Be The Branches, Let The Ground Rest tem uma proposta menos intimista que talvez não seja tão acolhedora como o primeiro trabalho, mas que tem seus excelentes momentos e prova que não podemos dizer que Renzema é “mais do mesmo”. As bridges das composições, destaque para a faixa “God Is Love”, garantem sempre uma atmosfera única e são a marca registrada de todos os projetos. Garanto que você vai se encontrar cantando uma hora ou outra.

 

Sobre o Autor

John Perkins disse certo: O amor é a luta final.

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