Olha que massa! Conseguimos uma entrevista com a Lorena Chaves. Nela, perguntamos sobre carreira, vida, inspirações e a experiência de produzir sozinha seu primeiro disco em Petricor. Confira aí!

Para nós, seu álbum de 2013 foi uma grande estreia. Repleto de grandes canções sobre diversos temas, o vemos como uma extensa vitrine de quem é a Lorena Chaves e da sua bagagem de referências. Já “Em cada canto”, ouvimos comentários de ser monotemático, no caso, sobre relacionamentos amorosos. “Petricor” mostra uma Lorena mais introspectiva e sonoramente rebuscada. Como é se ver como pessoa e artista ao olhar sua discografia?

Eu sempre acho engraçado o lance da crítica e análise da obra de um artista porque o próprio artista, muitas das vezes, não pensou em metade do que dizem que pensou. No disco homônimo de 2013, eu era a Lorena que havia descoberto um mundo diferente espiritualmente falando. É um disco denso, com letras carregadas de críticas e ironias e, musicalmente, talvez um pouco mais crua e indefinida. O “Em Cada Canto” veio meio que pra romper e levar embora o peso e a densidade do primeiro disco. Bem pop e colorido. Pode ser monotemático pra quem quer enxergar isso, mas as letras são sobre a beleza de ressignificar os detalhes mais comuns da vida. Em quase todas, me dirijo à alguém. Esse alguém pode ser uma pessoa, Deus ou o que você quiser. A partir do momento que a música sai de mim, passa a ser de quem se apropria da maneira que achar melhor. E por fim, Petricor. Ainda bem quente no meu coração e é meu trabalho favorito, até então. Talvez pelo desafio de ter produzido sozinha um disco pela primeira vez, ou de sair de um hiato de três anos (eu já estava agoniada querendo algo novo), e como você disse, ter conseguido fazer algo sonoramente rebuscado. Mas o mérito é mais dos músicos incríveis que participaram de forma tão única.  

Suas composições nos chamam atenção pela maestria de fundir fé e vida de maneira tão poética. Como elas acontecem?

Cara, eu não sei como a fé pode não ser parte de tudo na vida de alguém. Minha fé não faz apenas parte das minhas canções ou de situações pontuais em que eu abro espaço. Ela é meu oxigênio! Eu vivo isso 24 horas por dia. Não é algo que penso antes, que planejo ou algo assim. Eu só deixo fluir. E flui em todas as áreas da minha existência. 

Se falarmos de literatura e música na sua construção artística, quais nomes e obras fazem parte das suas bases?

Eu leio de tudo. O que leio depende do meu “mood” também. Sinceramente? Não saberia dizer um livro só e nem um só autor.

Como foi dividir microfone com artistas como Marcos Almeida e Gabriel Gonti? Há outros nomes que você gostaria de fazer um feat?

Dividir canções com quem você admira dentro e fora de palco é uma honra. Marcos participou muito do começo da minha carreira e foi como um irmão pra mim, me dando suporte muitas das vezes em que não sabia muito como conduzir algumas coisas. O Gabriel é uma pessoa de um coração raro. Ele tem um amor pela vida, pela simplicidade e pela arte, que é emocionante de se ver. A amizade dele é um presente pra mim e a graça está mais na essência que ele tem do que propriamente o talento, que por sinal é bem lindo singular. Então, ver gente que leva uma vida coerente e romântica dentro e fora de cena, pra mim, faz toda a diferença.

Quem segue você no Instagram tem acesso a uma Lorena de muita simplicidade e humor. Como é gerenciar a vida pública e pessoal nas redes sociais?

Eu luto pra não ficar alienada nesse mundinho aí, viu? A gente usa as redes sociais pra compartilhar o trabalho, reflexões e etc… tem que ter a cabeça no lugar. Mas a maturidade que o casamento me trouxe ajudou muito, sabia? Querer cuidar da minha família, aprender a separar o que pode ser exposto do que é momento nosso, é muito importante. Eu e Thiago prezamos muito pela nossa intimidade e, nossa família e amigos mais próximos são bem discretos. 

2013, 2016, 2019. Novidades a cada 3 anos? Petricor ser um EP e não um álbum foi proposital?

Mas eu chamei de álbum! As plataformas que quiseram chamar de EP, rs. Fiz só seis pra ninguém enjoar, porque não vou demorar mais 3 anos pro próximo! 

O clipe de Leve seguiu, no último dia 5, o lançamento de Petricor. Podemos esperar novidades suas para 2020?

Muitas novidades! Aliás, até o fim de dezembro tem coisa legal pra rolar. Ano que vem tem turnê, tem lojinha, tem mais música, tem tudo! 

Curtiu? Aproveite para conferir nossa análise sobre “Petricor” AQUI e sobre “Em Cada Canto” AQUI.

Sobre o Autor

Modernizar o passado é uma evolução musical.

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