Ladies and gentlemen…confiram esse bate-papo incrível com o responsável por um dos melhores ‘christian folk’ do mundo e dono do bigode mais famoso da Nova Zelândia: Strahan.

Apenas Música: Como você começou na música?

Strahan: Comecei a escrever músicas por reflexo realmente quando tinha oito anos. A busca pela música sempre pareceu como respirar para mim e menos opcional, por isso é difícil identificar exatamente uma hora. Comecei a trabalhar na indústria musical em tempo integral há cerca de 7 anos.

 

AM: Você sempre gostou de folk ou foi influenciado em viagens para os EUA?

Strahan: Eu amo folk. Eu cresci com Bob Dylan, Cat Stevens e outros. Estou indo e vindo dos EUA há meia década e aproveito todas as oportunidades possíveis para visitar lojas e locais de música folk.

 

AM: Conte-nos sobre o seu último álbum, “Vulnerability”.

Strahan: O álbum é um olhar realmente descontraído e cru dos três anos anteriores quando eu estava realmente doente. Eles não são mal-humorados, para mim, são profundamente esperançosos. Alguns dos meus trabalhos mais esperançosos, pode-se dizer. As músicas poetizam a tensão entre luta e liberdade, escuridão e ressurreição, eu e o outro.

AM: Minha música favorita do seu novo álbum é “Oh My Love”. Qual é a história por trás dessa composição e melodia?

Strahan: ‘Oh My Love’ é realmente a música mais antiga do álbum. Eu escrevi no ano em que lancei meu primeiro álbum ‘Posters’ e para mim era sobre descrever a jornada de sair da floresta para um lugar de amor e descanso. Uma espécie de música de peregrinos.

 

AM: Como as experiências da sua vida influenciam as letras das suas músicas e quem são algumas das suas maiores influências musicais?

Strahan: Eu sempre tentei escrever diretamente de minhas experiências. Ou pelo menos minhas reflexões sobre minhas experiências. Coisas como doenças e tempos difíceis moldam você, quer você goste ou não, mas acho que a esperança de sairmos dessas temporadas depende inteiramente de nós e o quanto as processamos e aceitamos. ‘Vulnerability’ era sobre isso para mim.

 

AM: Qual é o processo típico de composição? Você é responsável pelas letras ou é uma coisa colaborativa?

Para mim, escrever é oração. Pego meu violão e, sem pensar demais, despejo meu coração. O que vier, vem. Eu moldo as músicas depois disso, é claro, mas eu sempre me esforço para mantê-las o mais cru e fiel possível no momento.

 

AM: Quando se trata de compor e tocar música, qual é a coisa mais satisfatória para você?

Strahan: Isso é difícil. Um ótimo show é o melhor sentimento. Conectar-me com as pessoas é muito significativo para mim e o momento em que você e a platéia estão em harmonia é muito diferente de qualquer outra coisa. Mas sem escrever minha alma secaria. Compor é terapia para mim, uma maneira de existir.

AM: Qual é a sua faixa favorita nos álbuns: “Posters” e “Out of Exile”?

Strahan: Time For A Change Again – Posters. 

Hello Heaven – Out of Exile

 

AM: Comparando agora e onde você estava em 2011 (álbum Water & Fire). O que mudou sobre como fazer música e como você se apresenta?

Strahan: Eu sinto que estou muito mais relaxado com minhas músicas agora e muito mais aceitando quem eu realmente sou. Nos primeiros anos, quem eu queria ser era muitas vezes confundido com quem eu realmente era. À medida que envelheci, passei a aceitar quem realmente sou e o que realmente crio, e isso me ajudou a permitir que as coisas fluíssem mais naturalmente.

 

AM: Como você descreveria o estado atual da música cristã na Nova Zelândia?

Strahan: Marco Zero.

 

AM: Você se descreve como “salmista folk da Nova Zelândia”. Como você acha que sua música afeta o contexto de seu povo?

Strahan: A Nova Zelândia realmente se dedica à escrita psálmica. Suas colinas, lagos, praias e montanhas criam uma paisagem de admiração. Espero que, de alguma forma, minha música ajude a conectar a paisagem interna e externa do meu povo em um idioma com o qual outros possam se relacionar e desfrutar.

AM: Uma das coisas que mais me impressiona no seu país (e na Oceania como um todo) é sua natureza exuberante. Como isso influencia sua música?

Strahan: É impossível não se deixar levar pela paisagem daqui. Se eu pudesse ver de alguma forma que o que vejo aqui me moldou, é uma apreciação da metáfora e da vibração da criação.

 

AM: Você poderia sugerir para nós e para aqueles que nos seguem alguns bons cantores da Nova Zelândia / Austrália?

Strahan: Holly Arrowsmith, Great North, Matt Corby.

 

AM: Entrevistamos recentemente Jason Barrows  e ele disse que um álbum com você e Josh Garrels seria incrível. Podemos ver isso se tornando realidade em breve?

Strahan: Eu adoraria isso!

 

AM: Você tem planos de vir ao Brasil algum dia?

Strahan: Eu gostaria de ter 🙂

 

AM: Muito obrigado pelo bate-papo e esperamos vê-lo no Brasil em breve!!

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