Muito se fala hoje sobre memória afetiva, da mesma forma que uma década atrás falava-se muito sobre nostalgia. De grosso modo, a expressão “isso é do meu tempo” também fez e ainda faz parte do nosso imaginativo quando falamos de música (ou de outras coisas também).

Elas tem diferença na prática, afinal?

Não vim aqui discutir semântica com você, principalmente quando temos em jogo um assunto que pode suscitar lembranças e situações muito bonitas e particulares.  Mas de forma sucinta, caso tenha gerado curiosidade, a memória afetiva está ligada à percepções sensoriais e a nostalgia, mais à lembranças específicas. E eu também não sei porque resolvi escrever algo acerca disso, uma vez que só tenho escutado a mesma tríade de música durante dias.

Talvez eu tenha respondido essa questão pra mim e pra você de forma indireta.

É um baita de um clichê em cima de uma resenha (quem nunca, né?), mas no início da Pandemia no ano passado escutei por demais a canção “Mother Tongue” da banda inglesa White Lies, frustrado do meu plano de intercâmbio ter ido por água abaixo. Mas mesmo assim, descobrindo que eu era muito mais resiliente do que eu pensava, já que entendi que tal ocasião foi gerada por algo que eu não tinha controle.

Se escuto a mesma canção nos dias de hoje, nesse momento, sou levado à nostalgia do tempo de Pandemia, que mesmo em meio a turbulência, aprendi algo valioso. Já a memória afetiva me translada às conclusões que esse jovem tinha sobre a vida, voltando em noites chuvosas do trabalho uma vez que não parei de trabalhar, com a mesma canção no fone de ouvido.

Não tem conclusão nenhuma por aqui. Talvez eu nem queira fazer nenhum paralelo bíblico, embora tenham muitos, a começar pelo trazer a memória o que nos traz esperança. Te convido até colocar uma canção que suscite esse sentimentos, acreditando piamente que a multiforme sabedoria divina também age através das canções que nos acompanharam (e acompanham ainda) em nossa vida.

Memória afetiva, nostalgia, seja lá o termo que for mais conveniente ou adequado pra que a gente use, é sempre uma benção poder vivenciar isso através da música, afinal, quem não quer sentir o coração aquecido?

Sabe aquela canção que eu te convidei a colocar no play? Me diz aí qual é e vamos criar essa playlist.

Sobre o Autor

John Perkins disse certo: O amor é a luta final.

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