O título dessa postagem que pode ser bem apelativo e marca o meu retorno à escrita após um episódio interessante (fui assaltado e me levaram tudo), é algo que rende muita discussão benéfica. Se falarmos de mesmice no meio da música, podendo ser ela cristã ou não, temos um discurso bem preparado e na ponta da língua.

Para isso, vou parafrasear um amigo meu chamado Lucas Costa: ” – Anos atrás uma música era bem trabalhada, com inúmeros acordes. Uma canção do Diante do Trono era digna de maestro. Hoje você encontra apenas quatro acordes e uma melodia cheia de repetições.”

Enquanto discorri essa importante reflexão, por acaso você lembrou de algum artista/banda que caiu nessa tal sina?

Pois então… enquanto me arrependo amargamente de não ter feito uma resenha apenas sobre esse tema (brincadeira, pessoal) gostaria de dizer que esse apelo comercial, essa mesmice, tem suas vertentes. Existe casos onde artistas/bandas se rendem ao mainstream comercial, e outras que foram feitas especialmente para ele. Não vamos falar sobre nenhum dos dois hoje. Porque pessoalmente falando, esse marasmo musical me atinge quando falamos de bandas/artistas contemporâneos e grupos worship. Temos uma exceção, claro, quando se trata de United Pursuit que é meu xodó eterno, mas vamos focar agora no Josh Gauton, nominal dessa postagem.

Josh Gauton é um cara britânico com um cabelo super legal que faz parte da então desconhecida para mim, Worship Central, atuando como líder principal. Um musicista que é apto a tocar guitarra, teclados e arrisca um pouco no violino. Que diz que sua letra favorita é uma canção gospel composta por Kendrick Lamar. O seu trabalho solo iniciou em 2016 com o lançamento do primeiro EP intitulado, As The Waters Rise, uma espécie de projeto worship alternativo contemporâneo com o de River & Robots e passeando pela sonoridade singular e ambiental que encontramos em caras como John Mark McMillan e Benjamin Janes.

Gosto desses pontos fora da curva que não caem na mesmice.

O cenário do worship alternativo que passeia com o indie muito vem me agradando inclusive. Gosto da mistura de elementos orgânicos com instrumentos não convencionais. E se por acaso não entender do que eu falo, escute “Wilderlove” do já citado John Mark McMillan que você saberá o que quis dizer.

Para fechar essa matéria, uma confissão: conforme fui escutando suas poucas músicas do EP e alguns singles lançados esse ano, fui procurar alguns vídeos e me espantei com clipes que julguei bem realizados no youtube. Mostrei para o Baruque e o mesmo disse: “- Muito bonito e bem produzido”.

E se ele disse isso é porque boa coisa é.

 




Sobre o Autor

John Perkins disse certo: O amor é a luta final.

Posts Relacionados