De longe não é meu disco favorito e estou certo em dizer que as canções mais mainstream do Switchfoot também não estão aqui. Mas por que será que se tratando de Hello Hurricane, todos tem um carinho indescritível?

Podemos dizer que é pelo fato de ser o primeiro álbum independente da banda, e que assim ela poderia expressar sua real identidade artística? Sim e não.

Podemos dizer que é pelo fato de que foi um dos maiores tempos de hiato entre lançamentos de disco, de mais de quase 3 anos entre Oh! Gravity e Hello Hurricane? Sim e não.

Podemos interpretar então que Hello Hurricane não tinha pretensão de soar diferente, inovador, arrojado e refrescante e exatamente por isso o trampo ficou tão bom? Sim e não.

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Onde queremos chegar afinal?

Não se trata de uma conclusão, mas sim de uma veracidade de fatos: Hello Hurricane é um álbum extremamente bom e imprime com consistência todo o compromisso de Jon Foreman e seus amigos: a música é amor, e o amor se propaga também através da música.

As composições quase utópicas sobre uma eternidade e um propósito de vida que estão presentes desde The Legend of Chin, ganham maturidade com canções como “The Sound” e “Always”, tão contrapostas e tão complementares entre si. O bom e velho rock com a linha de baixo marcando presença e a boa e velha baladinha que soa como um mantra espiritual entoado por inúmeras vezes ao longo de nossas vidas.

Finalizo aqui, feliz por 10 anos dessa obra e sempre lembrando a mim mesmo: o amor, definitivamente, é a luta final.

E não pode ser silenciado.