metalcore

 

Zao – The Splinter Shards The Birth Of Separation (1997)

Zao - The Splinter Shards The Birth Of Separation

Zao – The Splinter Shards The Birth Of Separation

De todos os álbuns que serão citados abaixo, talvez a banda Zao seja a principal inspiração para todos eles, e esse álbum especificamente é como um divisor de águas para a banda, quando eles começam a deixar de vez o hardcore para trás dando uma experimentada em elementos mais pesados e caóticos, que mais tarde viriam a ser chamados de Metalcore. Isso pode ser claramente visto no álbum “Where Blood and Fire Bring Rest (1998)” que é o sucessor desse trabalho. Zao foi uma das pioneiras nesse estilo de música mais agressivo no meio cristão. Hoje em dia eles já não são mais reconhecidos como uma banda cristã exclusivamente como eram no começo, mas mesmo assim não negam sua fé. O último álbum da banda que temos letras com bastante influência teológica nas letras é o clássico “The Funeral of God (2004)” que sem dúvidas merece ser citado nessa lista.




 

Underoath – Act Of Depression (2000)

Underoath - Act of Depression

Underoath – Act of Depression

Talvez você não saiba, mas bem no começo da carreira, o Underoath fazia um som muito pesado, na época não era chamado de Metalcore, mas tinha tudo que precisava para ser. Os saudosistas vão dizer que a banda acabou depois dos três primeiros trabalhos, quando eles começaram a absorver mais influências de screamo e deixaram o metal para trás. Esse álbum ainda é na época do vocalista Dallas Taylor, que mais tarde se juntou definitivamente ao seu projeto paralelo do “Maylene And Sons of Disaster”. Dai com a entrada de Spencer nos vocais, realmente o som da banda começou a ir mais pro lado pop-punk hardcore do que pro Metal, e consequentemente, foi assim que a banda conseguiu espaço nos grandes shows e até mesmo na MTV.




 

Living Sacrifice – The Hammering Process (2001)

Living Sacrifice - The Hammering Process

Living Sacrifice – The Hammering Process

Assim como “Roots” do Sepultura está para o Metalcore/Groove Metal secular, “The Hammering Process” do Living Sacrifice está para o metal cristão. Mas claro, você que é um true fã da banda já preparou pedras para atirar no post pois antes desse trabalho eles já haviam lançado outros dois álbuns que vinham com a mesma pegada de Groove e Metalcore, “Inhabit (1994)” e “Reborn (1997)”, e sim, você tem razão. Porém, “The Hammering Process” foi o resultado da fusão e do aprendizado desses dois antecessores. É também o primeiro trabalho a contar com Matthew Putman nas percussões. Sem dúvidas, um trabalho histórico e ponto de referência para meio mundo de bandas que surgiram escutando esses caras. Respect!

 




 

Norma Jean – Bless The Child Kiss the Martyr (2002)

Norma Jean - Bless The Child Kiss the Martyr

Norma Jean – Bless The Child Kiss the Martyr

Na cola dos percussores do estilo que surgiram no final da década de 90, surge a banda que virá ser a responsável pela abertura permanente de dialogo com o cenário secular. Norma Jean quebrou todas as barreiras de rótulo e religião lançando esse que é um dos álbuns mais pesados do gênero. Quem não se lembra do sinistro vídeo clipe de “Face:Face” ? Esse é o primeiro e último álbum com o vocalista Josh Scogin, que mais tarde se junta ao seu projeto paralelo chamado The Chariot.  Existe uma curiosidade entorno da produção desse trabalho, foi o fato de ele ter sido gravado todo ao vivo em estúdio com alguns overdubs apenas, e de que a edição foi feita de forma totalmente analógica.




 

Still Breathing – September (2002)

Still Breathing - September

Still Breathing – September

A única representante com vocal feminino da lista. Still Breathing lançou apenas o excelente trabalho “September” também lançado em 2002, que foi um ano muito frutífero para as bandas do gênero, uma vez que as gravadoras estavam assinando com diversas bandas da cena underground, devido ao “boom” do segmento e dos festivais com shows sempre lotados, principalmente no meio cristão. Eles foram contratados pela gravadora Solid States, lançaram o álbum September, fizeram vários shows com bandas locais mas não produziram nada depois disso, 10 anos depois resolveram encerrar de vez as atividades. Uma banda muito interessante, misturam elementos de post-grunge com hardcore e metal, vale a pena conferir.




Demon Hunter – Demon Hunter (2002)

Demon Hunter - Demon Hunter

Demon Hunter – Demon Hunter

É o tipo de álbum que é tão bom, tão bom, mas tão bom, que você duvida que eles consigam fazer algo parecido nas próximas tentativas (o que aconteceu dois anos mais tarde com “Summer of Darkness“). Uma mistura muito bem feita de Metal + Industrial + Hardcore + Nu Metal. Um ano após o álbum de estreia,  a banda saiu em tour com os caras da Extol, e dai pra frente não precisa mais ficar falando muita coisa né? Só que foi produzido pelo mestre Aaron Sprinkle. Os fãs de Slipknot deram uma surtada nessa época. Até hoje os caras do Demon Hunter são uma referência no segmento cristão e apesar de não flertarem muito com o meio secular,  também são muito respeitados lá fora, apesar de odiados por alguns metaleiros mais extremistas, por motivos óbvios.




 

 

As I Lay Dying – Frail Words Collapse (2003)

As I Lay Dying - Frail Worlds Collapse

As I Lay Dying – Frail Worlds Collapse

Como começar? Dizer que o álbum vendeu 250 mil cópias? Ou que o álbum saiu pela Metal Blade Records? Tanto faz. Sem dúvidas foi um dos álbuns mais imponentes de todo o cenário. É Metalcore + Metalcore, purinho, legítimo. Mas você está pensando: “Ué, a banda é cristã?” NÃO, não mais,a banda nem existe na verdade, mas SIM, na época eles eram a maior banda cristã do estilo em atividade, tocavam tanto no Cornerstone Festival como no HellFest e Wacken Open Air. Não tinha pra ninguém, até que deu no que deu, mas isso é história para outro post, e isso não muda a relevância do trabalho e a qualidade das músicas.




 

Haste the Day – When Everything Falls (2005)

Haste the Day - When Everything Falls

Haste the Day – When Everything Falls

Seguindo a mesma linha de inspiração e todo o legado deixado pela As I Lay Dying, não podemos deixar de citar o segundo trabalho da Haste The Day, “When Everything Falls” de 2005. É segundo trabalho dos caras e o último com o vocalista Jimmy Ryan, até seu retorno com o lançamento de “Coward” que foi lançado agora em 2015. “When Everything Falls” é um excelente álbum, conta com uma boa masterização (principalmente se comparado com seu antecessor, “Burning Brides“) a diferença entre os dois é mesmo na produção, nas guitarras bem construídas e nas ótimas linhas melódicas no vocal. O álbum ainda conta com a participação de Francis Mark da banda Autumn to Ashes na música “For a Lifetime”, sem falar do inesperado cover de “Long Way Down” da banda Goo Goo Dolls no final do CD.




 

August Burns Red – Messengers (2007)

August Burns Red - Messengers

August Burns Red – Messengers

Messengers” é o segundo trabalho da August Burns Red e veio para selar de vez a posição da banda entre as mais relevantes do gênero. Um som que dificilmente pode ser rotulado de apenas Metalcore levando-se em conta a técnica de seus músicos e a complexidade dos arranjos desenvolvidos. Lançado pela Solid State, “Messengers” é também o primeiro álbum com o vocalista atual da banda, Jake Luhrs. Esse álbum vendeu 9 mil cópias somente na primeira semana, totalizando mais de 90 mil cópias vendidas até a presente data. O álbum foi produzido por Tue Madsen que também produziu bandas como Moonspell, Suicide Silence, The Haunted e Sick of it All.




 

The Devil Wears Prada – Plagues (2007)

The Devil Wears Prada - Plagues

The Devil Wears Prada – Plagues

Você pode até não gostar da banda, mas se você frequenta shows de bandas de hardcore e metalcore com certeza já viu uma centena de pessoas com a camisa da banda, sempre muito coloridas e chamativas, quase um lance meio Restart, se não fossem os desenhos sinistros meio sem sentido. Plagues é o segundo álbum da The Devil Wears Prada, que como você já percebeu, é também o nome de um filme. Plagues foi lançado pela Rise Records e já conta com uma produção muito melhor do que de seu antecessor. A pegada é metalcore do começo ao fim, com muitas influências de post-hardcore e de death metal. Esse álbum é tambem o responsável pela entrada da banda no festival Warped Tour. A música “Hey John, What´s Your Name Again?” faz parte do set-list do jogo “Rock Band“, que nas suas próximas duas versões veio com a faixa “HTML Rulez D00d“, também desse álbum.




 

The Chariot – Long Live (2010)

The Chariot - Long Live

The Chariot – Long Live

Tirem as crianças da frente, estamos prestes a falar do álbum mais caótico e mais elétrico de todos os tempos do metalcore mundial. The Chariot é a banda a quem Josh Scogin se juntou após sair do Norma Jean. Long Live é o 4º álbum de estúdio da The Chariot que faz uma espécie de metalcore misturado com elementos de mathcore e hardcore. O álbum foi lançado no final de 2010 pela gravadora Good Fight, produzido por Matt Goldman, foi um dos álbuns da banda com maior aceitação pelo público e pela crítica especializada. O álbum foi gravado em um take só, ao vivo com toda a banda no estúdio, imagine a cena. Abaixo você confere o vídeo da música “David De La Hoz” que também foi gravado em um take só, e ainda conta com a participação de “Timbre” na harpa e com a participação de Dan Smith que faz uma performace conhecida como “Listener” onde ele recita uma poesia no meio da música, tudo isso junto em um take só, o resultado é incrível.




 

Muito bem amigos, é claro que deixei de citar alguns álbuns, pois o espaço aqui é limitado. O objetivo desse post foi apenas fazer um breve panorama por entre os álbuns que consideramos mais importantes para a história do Metalcore cristão. Se você discorda da lista, ou tem mais algum nome que não poderia ter ficado de fora dessa humilde lista, deixe seu comentário logo abaixo. Lembrando que em breve faremos uma lista abordando os álbuns mais importantes do estilo no cenário brasileiro, aguardem. []s