10675740_10152548627634370_5543830730387696094_n

É bom. É diferente. Mas não encanta.

Como o título do post mostra, estas são as minhas primeiras impressões sobre o tão esperado “Brutal Romantic” da Brooke Fraser.

É claro que todo lançamento precisa ser digerido com calma, principalmente quando ele traz profundas mudanças de sonoridade. Contudo, sabe aquela primeira audição que você faz de um disco e a sensação que tem ao ouvi-lo até o final? Pois bem, é sobre isso que quero falar.

Estava muito ansioso para ouvir esse disco por causa da grande reviravolta que a Brooke está fazendo. Antes de comentar o disco, acho relevante dizer o quanto estou admirando a ousadia dela, mesmo ciente  que tenha uma possível estratégia mercadológica por trás (leia-se Lorde e afins). Sei que o artista deve a seu público, mas acredito que ele deve a si mesmo antes de tudo. Não se prender a esteriótipo ou fórmula definidas são alguns dos fatores fundamentais para o crescimento de qualquer músico.

Vejo com bons olhos essa secularização da Brooke (entenda como ampliação lírica e musical e não um desvio de fé), pois abre um novo horizonte experimental e novos ouvintes. Afinal, em Brutal Romantic, ela simplesmente brinca com os sons e critica a forma como o mundo funciona. Todos nós fazemos isso no dia a dia, alguns utilizando a própria música.

Posto isso, queria compartilhar minha opinião sobre o disco, faixa a faixa:

Brutal Romantic

Psychosocial é uma excelente música de trabalho e acho que não teria outra melhor pra criar a ruptura desejada do que ela. Tanto pelo som, quanto pelo clipe já era possível sentir o clima “sombrio”  que o álbum teria. O coral, as batidas sintéticas, o vocal grave… elementos que mostram o tom reflexivo-crítico que a Brooke decidiu tomar.

Thunder vem com um vocal “embargado”, coral e as mesmas batidas (só que de uma forma mais para cima). Contudo, termino a faixa indiferente. Legal, diverso, mas sem surpresas.

Start a War é Lorde, é Lana Del Rey, é Florence and The Machine, é Diana Birch (em  “Speak A Little Louder”), é bom, é comercial e ponto. Mais uma faixa indiferente.

Kings & Queens é alegria. Muito bacana, do som ao clipe. Essa música me envolve, me faz entrar no ritmo e na simpatia que a Brooke quer imprimir. Imagino o quanto deve ser divertido num show.

Bloodrush é uma das que eu passo sem sentir falta. Segue a mesma identidade, mas não consegue emplacar. Fico esperando a grande virada, mas ela não vem.

Brutal Romantic deve ser uma declaração, confissão, desabafo, algo do tipo. Falo isso pela aceleração dos versos. É uma faixa muito mais para se prestar a atenção no conteúdo do que curtir o som.

Je Suis Pret é uma balada bacana. Nada de extraordinária, mas cumpre bem sua função. O refrão ecoa na mente por dar destaque para a bela voz da Brooke.

Magical Machine é sensacional. Para mim, é a mais inovadora e criativa canção do álbum. Achei o vocal muito diferenciado. Parece uma brincadeira. É divertida. Pra mim é a nova cara da Brooke.

New Stories é de uma apatia só. Chega dá preguiça de ouvir.

New Year´s Eve segue o mesmo ritmo da faixa anterior. Sintético, lento, apático.

Assim chego ao final do álbum com aquela sensação que faltou algo ou que ainda é o prenúncio de algo maior que virá. Contudo, acho Brutal Romantic complexo das letras aos arranjos. Um álbum bom, mas não encantador.

Enfim, repito: são só as primeiras impressões, minha opinião. Qual a sua? 🙂

Sobre o Autor

Modernizar o passado é uma evolução musical.

Posts Relacionados