Gerações passam. E ouso dizer que esse passar de gerações está muito mais volátil e rápido do que era anteriormente. Ouso dizer também que, não são mais décadas que nos guiam sobre determinadas épocas, modas, hypes ou até mesmo gerações como já citado acima, mas talvez quinquênios.

Em menos tempo do que imaginei, vivenciamos o período propulsor da música cristã nacional fora dos moldes convencionais que, muito além de se preocupar apenas com o conteúdo lírico da obra, buscou sempre entregar uma sonoridade limpa, clara e com identidade.

Passeamos por Plug Luminário, Período Letivo, Hibernia, Alforria, que por sua vez deram lugar à Palavrantiga, Tanlan, Crombie, que por subsequência estão começando a deixar o tapete livre para outros que estão surgindo nessa nova representatividade. Tudo isso em cerca de dez anos.

E isso, ao meu reles ver, é muito interessante de analisar. Não porque ainda sou jovem e posso dizer que passei por todas essas “gerações pockets”. Aliás, corrigindo o que disse, talvez seja exatamente por isso afinal.

E nessa era musical que se inicia, já sendo moldada por nomes como Amen Jr., Ternoesaia, Cantoverbo, entre outros, podemos dizer que a banda Aurorah, que eu particularmente não conhecia há três semanas atrás, ganhou seu espaço com apenas essa canção.

A introdução convidativa de Calêdonia, que no título por si só desperta uma grande curiosidade de saber do que se trata, cria um ambiente que todo o amante de música boa espera: a total possibilidade de fechar os olhos e se desprender totalmente, nem que seja por quatro minutos, da realidade a sua volta.

O som não é enérgico, o vocal não é inovador, mas o universo que Calêdonia nos traz é suficientemente satisfatório ao contrapor à sua letra, indiretamente confessional, ao que mais ansiamos como seres humanos que tem Cristo como o alvo principal. Ao cantarmos que Suas palavras iluminam nossos pés, me recordo que existem velhas verdades que, ao serem resgatadas, se tornam boas novas diárias. Talvez eu esteja spoilerizando Pão do Dia, segunda canção (esperamos que por enquanto), mas em sinceridade não é minha intenção.

Estou tentando administrar o loop eterno que venho vivenciado com essa música, muito embora não preocupado. Não enumerei motivos como foi proposto, mas tudo bem. Eu tenho certeza que o play não deixará de ser clicado.

Seja bem vinda, Aurorah.




 

Sobre o Autor

John Perkins disse certo: O amor é a luta final.

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