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Feito um soldado.

Com cordas de aço.
Era o rock que nunca foi gritado.
O jazz que nunca foi dançado.
Este tom que nunca foi apreciado.

A guerra é o dia.
E a luta é a noite.
Sem destino certo.
Acordes transeuntes.
Meu recital deserto.

Se esta batalha fosse minha.
Já teria desistido.
Mas é maior.
E a orquestra é o mundo.

Mundo que não quis.
Não quis a música real.
O acorde verdadeiro.
Este simples e poderoso tom.

Era como um simples violão.
Andava pelas ruas sem chamar atenção.
Todos ouviam mas não entendiam.
O general das cordas se fez soldado.

A essência da música veio.
Cortamos as cordas.
Estilhaçou-se o violão.
Mas o acorde.
O grito.

TETELESTAI!

A música apenas se iniciou.
O concerto mudou.
Agora há espaço para todos os acordes.
Lugar para todos os instrumentos.

Quero ser o rock que canta a glória.
O jazz que alegra o abatido.
Este tom que ampara o oprimido.

Não faço parte dessa orquestra.
Venha comigo conhecer o soldado:
Elohim.

Sobre o Autor

“A arte vence a monotonia das coisas assim como a esperança vence a monotonia dos dias.” ― G.K. Chesterton

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