Chesterton

 

Quero aqui trazer um tipo de devocional diferente, se é que podemos chamá-lo de devocional. Recentemente, li um livro espetacular escrito por um autor simplesmente genial que dispensa qualquer tipo de apresentação, estou falando de Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton, (Londres, 29 de maio de 1874  — Beaconsfield, 14 de junho de 1936) que foi um escritor, poeta, narrador, ensaísta, jornalista, historiador, biógrafo, teólogo, filósofo, desenhista , conferencista britânico e por fim, autor de uma das maiores pérolas da literatura cristã. Um livro que na minha humilde opinião e na opinião de Philip Yancey, depois da bíblia, a melhor escolha de leitura: Ortodoxia.

Seguem alguns trechos selecionados do livro Ortodoxia de Chesterton. Boa degustação.

 

“O cristianismo veio ao mundo acima de tudo para afirmar com veemência que o homem não só não devia olhar para dentro, mas devia olhar para fora, contemplar com assombro e entusiasmo uma companhia divina e um capitão divino. O único prazer de ser cristão era que o homem não ficava sozinho com a Luz Interior, mas definitivamente reconhecia uma luz exterior, bela como o sol, clara como a lua, formidável como um exército com bandeiras” (p. 126).

“O prazer do otimista era prosaico, pois baseava-se na naturalidade de tudo; o prazer do cristão era poético, pois residia na antinaturalidade de tudo à luz do sobrenatural. O filósofo moderno me dissera muitas e muitas vezes que eu estava no lugar certo, e eu ainda me sentia deprimido mesmo aceitando isso. Mas eu ouvira que estava no lugar errado, e minha alma exultou de alegria, cantando como um pássaro na primavera. O conhecimento revelou e iluminou aposentos esquecidos da casa escura da infância. Agora eu sabia por que a relva sempre me parecera estranha como a barba verde de um gigante, e por que eu podia sentir saudades de casa estando em casa” (p. 133).

“Apenas o sobrenatural pode assumir uma visão sadia da natureza. A essência de todo panteísmo, evolucionismo e religião cósmica moderna está realmente nesta proposição: que a natureza é a nossa mãe. Infelizmente, se você considerar a natureza como mãe, vai descobrir que ela é madrasta. O ponto principal do cristianismo era este: que a natureza não é a nossa mãe: a natureza é nossa irmã. Podemos sentir orgulho de sua beleza, uma vez que temos o mesmo pai; mas ela não tem autoridade sobre nós; temos de admirá-la, não de imitá-la” (p. 185).

 

 

Sobre o Autor

Modernizar o passado é uma evolução musical.

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